segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Sociedades sem prisões

A maravilhosa história das prisões norueguesas.

Por Ze Guimarães

Conto aqui, a história verídica de um país europeu, que tem as prisões mais humanas do mundo, a Noruega, e consegue recuperar 80% dos presos.

Para quem quiser comparar, a taxa de reincidência de prisioneiros libertados no Brasil é de 70%; nos Estados Unidos é de 60%. Na Inglaterra, é de 50% (a média europeia é de 55%). A taxa de reincidência na Noruega é de 20% (16% em uma prisão apelidada de "ilha paradisíaca" pelos jornais americanos). Falaremos desta ilha.

A diferença entre os países está nas teorias que sustentam seus sistemas de execução penal. Existem três teorias:

1) Teoria da "retribuição, vingança e retaliação", usada nos EUA, o objetivo é fazer o preso pagar pelo que fez.

 2) Teoria da dissuasão, que é gerar na sociedade o medo de transgredir a lei, devido à punição.Também em vigor nos EUA.

3) Teoria da reabilitação, reforma e correição, em que a ideia é reformar deficiências do indivíduo (não o sistema) para que ele retorne à sociedade como um membro produtivo. Em vigor na Noruega.

Na Noruega, a terceira teoria é a regra. Isto é, a reabilitação é obrigatória, não uma opção. Lá, a  pena máxima é de 21 anos. Se nesse prazo, não se reabilitar inteiramente para o convívio social, serão aplicadas prorrogações sucessivas da pena, de cinco anos, até que sua reintegração à sociedade seja inteiramente comprovada

O sistema de execução penal da Noruega exclui a ideia de vingança, que não funciona, e se foca na reabilitação do criminoso, que é estimulado a fazer sua parte através de um sistema progressivo de benefícios — ou privilégios — dentro das instituições penais. O país tem prisões comuns, muito melhores do que as prisões americanas, dizem os jornais, e duas "instituições" que seriam lugares para se passar férias, não fosse pela privação da liberdade: a prisão de Halden e a prisão de Bostoy, em uma ilha.

Confira a reportagem completa:
http://jornalggn.com.br/noticia/sociedades-sem-prisoes-noruega