TJ/SC
anuncia projeto de diálogo e acompanhamento de presos da Penitenciária de
Florianópolis
Unidade
escolherá 20 detentos que conversarão com voluntários sobre os crimes
cometidos. Objetivo é reflexão do apenado e prepará-lo para progressão de
regime.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC)
anunciou a implantação futura de um projeto de justiça restaurativa, em que 20
presos da Penitenciária de Florianópolis participarão de um programa de diálogo
com voluntários. O objetivo é que eles reflitam sobre os crimes cometidos e que
estejam melhor preparados para a progressão de regime.
O projeto surgiu de uma resolução do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os 20 presos que participarão do programa
serão escolhidos pela própria penitenciária. Eles serão do regime fechado e
começarão no projeto no primeiro semestre do ano que vem.
A participação é voluntária, conforme o
juiz Alexandre Takaschima, que integra o projeto. O preso receberá um convite.
Caso ele não aceite, outro será convidado.
Projeto
No programa, os presos ouvirão relatos de
voluntários, que podem ser familiares, agentes penitenciários ou pessoas da
comunidade. A ideia é mostrar ao detento como a violência causada afeta a
sociedade. "O olhar é principalmente para o futuro, o que cada um pode
fazer. A partir do crime, o que se pode fazer para que no futuro se transforme
o conflito anterior em algo positivo", disse o juiz.
Os diálogos, chamados de círculos de
construção da paz, são mediados por dois facilitadores, formados em cursos
feitos em 2017. Eles são voluntários e foram escolhidos através de audiências
públicas feitas no ano passado.
A princípio, serão feitos dois encontros
por mês. O projeto também vai monitorar se os compromissos feitos pelos presos
estão sendo cumpridos. O juiz explicou que, espontaneamente, os detentos
assumem objetivos para eles próprios, como voltar a estudar, largar um vício ou
se profissionalizar. "Nada é imposto, mas o círculo fiscaliza o que foi
dito", disse o magistrado.
Como esses diálogos, a ideia é preparar os
presos para uma progressão para o regime semiaberto. Esse tipo de trabalho já é
feito com adolescentes internados em Lages, na Serra catarinense, onde eles são
preparados para a semiliberdade.
Além da Justiça, o projeto ocorre com a
participação de várias instituições, como a Defensoria Pública, Ordem dos
Advogados do Brasil, universidades e secretarias estaduais.
(Fonte:
Portal G1/SC)
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