Tornozeleiras eletrônicas - Nova forma de monitorar presos
Primeiro presidiário catarinense a receber
tornozeleira eletrônica, na nova tentativa do Estado de aderir ao sistema, foi
liberado ontem à noite no Presídio Regional de Blumenau, onde 100 detentos irão
usar o equipamento por dois meses, período da fase de testes.
O projeto é uma
tentativa de aliviar o sistema prisional catarinense e permitir a
ressocialização dos apenados.
A segunda tentativa do Estado de monitorar presos
por tornozeleiras eletrônicas iniciou ontem com a chegada dos equipamentos a
Blumenau, onde 100 detentos vão usar o material por dois meses em fase de
testes. Considerado a pior unidade penitenciária de Santa Catarina, o presídio
regional do município receberá a primeira etapa do programa para ajudar na
redução da superlotação da estrutura – atualmente são 958 apenados para 600
vagas.
O uso será feito de forma gradativa, conforme
liberação da Justiça, que avalia a lista enviada pela direção da unidade com os
apenados que se encaixam no perfil exigido para o projeto. Ontem à noite o
primeiro detento que usará a tornozeleira foi liberado. Nesta fase do
monitoramento eletrônico, vão utilizar o equipamento presos que, dentre outros
quesitos, não sejam reincidentes, não tenham ligação com organizações
criminosas e que não tenham cometido crimes com violência ou grave ameaça.
Diferentemente de 2010, quando lançou o
projeto-piloto e não deu seguimento ao programa por questões orçamentárias, a
Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania pretende desta vez dar sequência ao
monitoramento.
– Esta primeira fase é para identificarmos dentro
dos sistemas usados qual é o modelo mais adequado – garantiu o secretário de
Justiça e Cidadania, Sady Beck Júnior, complementando que ao fim do teste será
aberta a licitação para aquisição de 500 equipamentos.
Aparelhos são programados de
acordo com a situação do presidiário
Com as tornozeleiras, o Estado pretende aliviar a superlotação nas unidades e ainda proporcionar a ressocialização dos presos. O detento sairá da unidade com o equipamento que é travado por meio de um dispositivo. Cada tornozeleira é programada de acordo com a situação do presidiário e emite um sinal de alerta caso alguma determinação seja descumprida. O monitoramento será feito pelas três empresas que fabricaram as tornozeleiras em uma central dentro do presídio. A abertura do equipamento só é possível com um dispositivo que fica na unidade.
Com as tornozeleiras, o Estado pretende aliviar a superlotação nas unidades e ainda proporcionar a ressocialização dos presos. O detento sairá da unidade com o equipamento que é travado por meio de um dispositivo. Cada tornozeleira é programada de acordo com a situação do presidiário e emite um sinal de alerta caso alguma determinação seja descumprida. O monitoramento será feito pelas três empresas que fabricaram as tornozeleiras em uma central dentro do presídio. A abertura do equipamento só é possível com um dispositivo que fica na unidade.
Elenilton Fernandes, diretor do Presídio de
Blumenau, explica que os detentos terão de ficar em casa e caso eles saiam da
área permitida um aviso é emitido às centrais. Se o presidiário não retornar, o
judiciário é comunicado para que ele volte à reclusão. O mesmo ocorre se ele
não carregar a bateria do equipamento e ou se tentar romper a tornozeleira.
– O sistema é um grande avanço. Coloca a tecnologia
a favor do sistema processual penal, que não precisa necessariamente o sujeito
estar dentro de uma prisão – ressaltou o juiz-corregedor do Tribunal de Justiça
(TJ), Alexandre Takaschima.
Na segunda fase do projeto, quando forem comprados
os equipamentos, detentos do regime semiaberto e da prisão domiciliar também
deverão ser contemplados. O Estado e o TJ também vão estudar a aplicação nos
casos de violência doméstica.
Fonte:
Diário Catarinense (22/7/2014)
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